Estudo sobre Sócrates
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/socrates/pagina1.htm
Trabalho da Caroline
Trabalho da Mariana
Agora, só em fotos
Os sofridos anos de estudos no famoso Colégio Militar finalmente chegaram ao fim! Na sua comemoração de 30 anos de aniversário, mais de 500 estudantes se formaram, muitos destes com vagas já garantidas para várias faculdades em todo o Brasil. A escolha da festa da formatura ser no Marina Hall foi definitivamente uma quebra com o tradicional Clube do Exército, mas parece ter agradado aos agora ex-alunos.
De acordo com Mariana Pizarro, que estudou lá desde sua 5ª série do ensino fundamental, ainda não se pode falar de saudades, mas uma coisa é garantida: foram sete anos que irão marcar para a vida toda. “Todo mundo gosta de algumas coisas e odeia outras em seus colégios, não era diferente no CMB, mas por ter aquela disciplina mais rígida, o pessoal costuma exagerar na parte ruim mesmo. Eu, por exemplo, não agüentava mais aquilo lá, apesar de ter gostado e tudo o mais, já estava saturado, sem contar que a rotina militar é bem pesada. Meus amigos antes mesmo de saírem já falavam de saudades, eu só consigo pensar em alívio”, diz.
Para o público de fora, o colégio realmente parece ser bem mais assustador ou ter uma visão distorcida do que realmente é e para sentir de verdade o que acontece lá dentro, só sendo aluno. Perguntei que tipo de ‘rotina pesada’ era aquela e ela respondeu que havia revistas nos uniformes, sapatos, unhas e inclusive maquiagem quase todos os dias! Frescura para alguns, mas não existe outro modo de manter estudantes entre as idades mais rebeldes em uniformidade e, aparentemente, comportados.
“Não, não é bem assim”, contou Mariana, rindo. “É incrível que quando você fala ‘Colégio Militar’ as pessoas ficam tensas, meio rígidas, mas não é nada disso, não somos um bando de robôs sem personalidade muito menos um bando de revolucionários em algum tipo de campo de reeducação. Somos alunos normais, como em qualquer outro colégio, só que com um uniforme menos confortável”.
Ainda em nossa conversa, Mariana destaca algumas das pérolas de seu ensino médio. “Sempre fui uma aluna puxa-saco e aplicada, até porque meus pais trabalham lá, então eu tinha que manter essa impressão de boa menina, mas é claro que nas encobertas sempre rolavam apelidos pros professores e altos bilhetinhos! No 2º ano nas aulas duplas de matemática, eu e mais cinco amigos ocupávamos a 2ª carteira de todas as fileiras e ficávamos escrevendo besteiras e falando mal dos outros, era divertidíssimo. Eu lembro que tinha uma professora de redação mais gordinha e com o cabelo pintado, nós a chamávamos de ‘Senhora Puffy’ por causa do desenho do Bob Esponja. E tinha um professor de biologia que costumávamos titular de Betina Botox, acho que já dá pra imaginar o porquê. Mas o mais engraçado mesmo eram as V.I.s, ou, para quem é de fora, verificações imediatas, que são como testes surpresa que fazíamos de todas as matérias todas as semanas. Era só cola, e direto. Eu não participava da maioria, mas tenho que admitir que sempre deixava a folha mais pro lado do meu amigo que copiava tudo e ainda dizia depois que tirou dez por ter se matado de estudar”.
Para os alunos que saíram é um choque. “Sempre antes de uma aula começar, o chefe da turma pedia para que todos levantassem para que ele pudesse apresentar a turma para o professor. Hoje em dia, quando um professor entra na sala da universidade eu tenho que me segurar para não levantar.”
Esse embate cultural, como assim podemos chamar, também ocorre com os alunos que entram na escola militar, mantendo assim a continuidade do ciclo por longos sete anos, até que sua vez de lançar as boinas chegue.
Trabalho da Anne
Entrevista
A estudante Anne Rodrigues Ferreira passou para o curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília pelo PAS em 2009. O jornal ETC conversou com a estudante para descobrir o que a levou a essa vitória.
ETC: Anne, o que se ouve falar é que preciso estudar muito no ensino médio para entrar na UnB pelo PAS. Você foi uma aluna muito aplicada?
Anne: Eu não diria que estudei tanto assim no ensino médio. Acho que o que realemnte me ajudou foi o hábito de fazer as atividades que os professores passavam. Na maior parte da minha vida escolar eu só estudava um dia antes da prova.
ETC: E em sala de aula, como você era?
Anne: Eu era uma aluna atenciosa. Sentava do meio para o fundo da salae, quando não estava com muito sono, até que eu conseguia prestar atenção nas aulas.
ETC: Quais matérias você mais gostava na escola?
Anne: Na verdade, eu só não gostava de matemática e de química. Eu sou curiosa e gosto de entender as coisas, então, qualquer aula que pudesse me explicar algo eu gostava. Até matemática e química, nas raras ocasiões em que eu entendia algo, eu gostava.
ETC: Então, você tem uma área de interesse muito grande e escolheu Comunicação Social, você acha que possui as caracteríticas necessárias a um profissional da área?
Anne: É, são muitas as coisas que me despertam interesse e por isso decidi por comunicação, acho que sendo jornalista, por exemplo, eu poderei conhecer um pouco de cada coisa. Não tenho certeza se as minhas características se encaixam no perfil da comunicação, sou um pouco tímida, mas gosto de trabalhar em grupo e tenho alguns surtos de criatividade, não sou sempre criativa, mas esses surtos já me ajudaram bastante e espero que continuem ajudando.
Trabalho do Augusto
Vida escolar?
Minha vida escolar foi bastante conturbada. Não foi um bullying exagerado por Hollywood, mas foi digno de “Meninas Malvadas”. Primeiro que sempre fui daqueles gordinhos estranhos que achava mais fácil fazer amizade com meninas do que com meninos, aí era taxado de “viadinho chupeta-de-baleia”.
Aquilo para uma criança de 10 anos não era muito agradável, se assim posso dizer. Ficava depressivo e chorava muito, consequentemente fazendo meus familiares sofrerem junto comigo. Minha pior fase foi na sétima série do ensino fundamental. Na época, estudava no Stella Maris e era completamente excluído socialmente. Poucas pessoas falavam comigo, e isso faziam por sentir pena do gordinho solitário.
Não aguentando mais tanto desprezo, e tendo alguns amigos de fora que estudavam no Leonardo da Vinci, pedi para mudar de escola na oitava serie e acabei indo pra lá. Minha vida mudou completamente. Ainda era gordinho e, sinto dizer caras colegas interessadas, um “viadinho”, mas não ligava mais para o que os outros achavam e falavam de mim. Era outra pessoa: tinha amigos, era desinibido, e em paz comigo mesmo.
No final do primeiro ano, tudo melhorou para mim. Começou com uma doença onde não conseguia comer nada e isso resultou num emagrecimento rápido. Estava muito feliz com tudo isso, começar o segundo ano do ensino médio mais magro e com um piercing no lábio. Eu tinha visto que ficar sem comer fazia emagrecer! Pode parecer óbvio, mas para mim era um achado magnífico. Ficava dias sem comer. Fazia apostinhas comigo mesmo, pra ver qual o maior tempo que ficava sem colocar um pedaço de comida na boca. Aprendi a esconder isso e pouca gente sabia. Era muito fácil, rápido e prazeroso, até que comecei a passar mal. Logo perceberam e tive que procurar uma nova tática. Ainda não a encontrei, mas um dia descubro.
O terceiro ano, eu achei que seria o ano da minha vida. Sabe aquela coisa bem High School Musical? Pois é. Não foi daquele jeito. Meu colegas de ano era todos uns porcos nojentos que só pensavam em si mesmos, e por essa causa criei muitos amigos no primeiro e no segundo ano. Claro que eu tinha meus amigos do terceirão, que ainda estão firme e fortes ao meu lado e que, se depender de mim, ficaram comigo para sempre.
Assim chegou o fim de ano, aquela esperança de passar para a UnB, aquela tristeza por deixar a certeza do Ensino Médio e tudo que aprendemos lá. Mas foi só. A única coisa que eu ainda idealizava e colocava num pedestal era minha formatura e eu simplesmente a odiei. Se não posse pelo simples fato de estar com poucas pessoas que me fizeram feliz, preferiria ter ficado em casa lendo um bom livro.
Depois de tudo isso veio a tensão pelo resultado do Pas. Uma semana inteira com o pior humor que uma pessoa pode ter, dando “patada” em todos, até que eu vi meu nome na lista de aprovados. Tranquei-me no banheiro e chorei. Não acreditava que todos aqueles anos de esforços quase intensos e um semestre de cursinho tinham me levado a essa vitória.
Agora estou aqui na UnB, escrevendo sobre minha vida escolar. O que dizer? Bom, o que me disseram é que eu sentiria falta dessa vida passada no instante que saísse dela. Até agora, posso jurar para todos vocês que não sinto. E tenho a ligeira impressão que nunca vou nem ter a mínima saudades daquele “Comunicação e Universidade” que era a escola para mim.
Trabalho da Eduarda
Trabalho da Juliana
Trabalho do Felipe
Trabalho do Eduardo
Trabalho da Gabriela
Trabalho da Ana Paula
Vida de estudante
O ser humano nasce, cresce, reproduz e morre. Atrevo-me a modificar essa tradicional máxima, já que para muita gente a escola e o trabalho se tornaram praticamente intrínsecos à vida. E então, o ser humano nasce, cresce, estuda,trabalha, reproduz e morre.
Inicia-se a criança cedo a essa vida de absorção de conhecimento. Algumas já estão vivendo no ambiente estudantil com menos de dois anos de idade. E é realmente uma grande alteração já que antes o convívio desse indivíduo era praticamente restrito a família. E então nesse âmbito escolar em que a pequena criatura será obrigada a conviver por um longo tempo, ela começa a desenvolver muitos dos principais traços de sua personalidade e aprende o que presta... E também o que não presta.
Mas não só de estudo viverá a escola. Querendo ou não, o estudante será submetido ao convívio com os mais diferentes tipos. Amizades, brigas, conflitos, descobertas, segredos, brincadeiras, amores e paixões são infinitos nesse pequeno universo que por certo tempo pode ser o eixo central de uma vida. Vira o cotidiano. Algo seguro de que você sempre terá até se formar.
E mesmo que ir a escola passe a ser a atividade mais comum, nada é estável. Cada série é uma experiência única a jamais ser repetida (a não ser nos casos de reprovação e, ainda assim, será diferente). O crescimento da criança é acompanhado pela escola; e com a passagem da infância para a adolescência as mudanças são nítidas tanto no físico, quanto nos grupos, nas atividades e nos conceitos de cada um.
Mudar de escola pode ser uma mudança tão radical quanto entrar para a vida estudantil. Muitas vezes o aluno se acostuma e se familiariza tanto numa instituição de ensino que não consegue se adaptar em outra ou tem muitas dificuldades para isso. E com essa familiaridade o fim do período colegial pode ser um choque ainda maior, mesmo que se ansiasse por isso anteriormente e que o sentimento de liberdade seja tão grande por causa disso.
Com o fim da escola, chega o fim de muitas relações: com os professores, diretores, funcionários, colegas e principalmente amigos. Várias pessoas que talvez você nunca mais veja e que talvez você nunca mais esqueça. Um final que ao mesmo tempo é um começo. O começo de mais uma fase. Chega a hora de cada um tomar suas decisões e as pessoas acabam se separando. E os melhores momentos ficarão apenas nas lembranças de um tempo que nunca voltará. E a saudade será uma constante a partir de então.
A escola é sem dúvidas um das grandes influências para uma pessoa ser quem é. E apesar de suas falhas, o valor escolar não pode ser negado. Não apenas o de instrução e ensino, mas também o de formação de caráter e a convivência em sociedade. O colégio será sempre uma experiência inesquecível, não importa de que tipo ela tenha sido.
Sejam bem vindos!
Sintam-se a vontade para dar críticas, idéias e sugestões.
Aguardo o e-mail de vocês com o trabalho sobre a vida escolar de cada um para postar aqui no blog.
Para quem ainda não pegou, meu e-mail é: anitalisboa_91@msn.com.
Até mais,
Ana Paula Lisboa .